sábado, 7 de junho de 2014

Capitulo 24: As distâncias continuam aumentando, mas não vou desistir.









Carolina correu para o hospital, estava se sentindo muito culpada, mais do que qualquer outra coisa.
Gustavo a recebeu com um carinhoso abraço,que ela sentiu como agulhas em seu corpo.

_O que foi? Esta tudo bem?

_Eu que pergunto, como ela está? 

Gustavo percebeu que ela desconversou.

_Agora ela está melhor, mas ainda vai ficar aqui mais uns dias. Foi um susto muito grande. Mas eu não queria que viesse assim desta maneira. Afinal o que aconteceu que você sumiu todo fim de semana?

Era justamente o que ela temia, ter que dar explicações.





_Meu telefone caiu na água, fiquei sem tempo para comprar um novo. Sabe como são estas coisas.

Ela estava nervosa.

_ O que importa é que voltou para nós. Isso é importante.Você faz muita falta meu amor. Eu fico perdido sem você aqui. 

Carolina se sentia cada vez pior, Gustavo como sempre conpreendia tudo, ela então entrou para ver como sua filha estava. O sofrimento desapareceu quando olhou nos olhos dela e viu que ela estava bem. Naquele momento esqueceu de tudo e ficou deitadinha juntinho dela.


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_ Como assim foi embora? Não pode ser...  Estava tudo bem, aliás tudo ótimo.

Richie então tratou de explicar o porquê dela ter ido as pressas sem se despedir.
Jon entendeu, afinal também é pai, mas isso não diminuía seu desespero.

_Entendeu? O que ela podia fazer? Eu arrumei um avião que a levou. Mas fica tranquilo, logo fala com ela.

_Cara eu não sei mais o que fazer. Eu não vivo mais sem aquela mulher. Ela tem o don de me deixar louco, e com raiva como mais ninguém. Mas principalmente me fez amar como nunca amei ninguém. O que eu posso fazer? 

_Cara to vendo que é sério. Nunca pensei que um dia falaria isso. Mas você acha que vai segurar esta barra? A Dot ? O que vai fazer ? Cara que porra é essa? Joga tudo para alto, eu nunca vi você  assim. Você é melhor com ela sem duvida, descontraído, lembra bem o magrelo que eu conheci que se achava o bonzão e que queria ser famoso.

_ É isso cara, é assim que me sinto. Não pensei que pudesse amar assim, loucamente, correndo riscos. Ela não sai da minha cabeça. Não consigo fazer nada direito. E pensar que ainda temos a maldita distância! Ah!!! Cara fico sem ar! Eu sou possessivo, quando penso que estou no comando, algo acontece. Eu odeio não saber como as coisas vão ser....


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_Amor o que foi? Fala comigo? Tem duas semanas que você chegou, nossa filha em casa mas sua cara continua ruim, você continua distante.

_Acho que o susto, sai de lá sem terminar o que fui fazer,minha cabeça esta muito confusa. Me desculpa, sei que não conversamos desde que voltei...

_ Vem aqui! Você não me deu um beijo desde que voltou.

Gustavo a agarrou de maneira inesperada. Ele sempre foi muito intenso, tentou relutar, mas ela o amava ainda. Ele era um homem que ainda a atraia além de ser o pai de suas filhas. 
O tempo piorava a situação dos dois. 
Jon não tentou contato desde que ela foi embora. Carolina não podia ligar para ele, e não queria falar com Richie.
As coisas com Jon também não estavam sendo muito diferentes. Ele estava pensando,tentando viver sem ela, esta seria a melhor opção para os dois. Sabia que se ele não a procurasse, Carolina não o faria. Este era um dos motivos ou o primeiro motivo que chamou a atenção dele, ela nunca impôs sua presença. 

_ Hei! Podemos conversar um pouco?_disse Dorothea

_ Claro!

_ Eu já tentei falar com você antes mas você desconversou, não quer me dizer o que esta acontecendo? Você está diferente... Antes estava mais pensativo que de costume, depois teve uma explosão de bom humor e disposição fora do normal, e agora esta tristeza... Você não é o mesmo a muito tempo... Fala comigo! Sempre conversamos muito, sempre te escutei.

_ Já te falei e vou repetir, não é nada, o de sempre, só que agora com o passar dos anos as coisas complicaram, não sou mais tão novo para aguentar a mesma pressão que sempre sofri... Se me entendeu no passado vai me entender agora.

_Nossa! Você vai fazer isso de novo? Não é disso que eu falo! Eu sei muito bem como você fica sob pressão, esqueceu de tudo que passei ao seu lado? Você podia ser mais sincero comigo, sei que não quer me magoar, mas me tratar como uma idiota me machuca mais...

_ ....Eu não quero ter esta conversa com você, não agora... me da mais um tempo para organizar minhas idéias.

_ Assim eu aceito, melhor, não vamos conseguir evitar esta conversa por muito mais tempo. Eu sempre fingi não ver, mas desta vez sinto que é diferente. Ela balançou com você de uma maneira que nunca pensei que alguém conseguisse.

_ Não é isso Dot... não tem..._então ele foi interrompido.

_Não faça isso! Para! Vou respeitar seu tempo.Mas desta vez quero a verdade...  Eu vivi todos estes anos praticamente sozinha, criei nossos filhos com amor, cuidei da nossa família, mereço isso!


Jon baixou a cabeça e se calou. Ele sabia que ela dizia a pura verdade, não tinha como contestar,e não tinha a menor ideia do que ia fazer. 


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_ Cara eu preciso de você mais do que já precisei em toda minha vida, assim que pegar este recado venha para ca!

 Jon deixou recado na caixa de mensagens de Richie.

_ Jon, o que foi acabei de ouvir seu recado você me deixou preocupado cara, o que esta acontecendo?

_Vem para cá, não dá para falar por telefone, me encontre no Hotel .... em casa não vai dar para ficarmos a vontade. Já reservei 2 quartos...

_ Nossa já imagino o que seja, estou indo para ai, no fim do dia te encontro, tenho umas coisas para acertar, pelo visto passarei uma semana em NY. Até mais tarde!



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Jon abriu a porta com uma cara péssima, barba por fazer e jeito de quem não dormia a dias

_Nossa irmão,você  esta pior do que eu imaginava...

_ Senta, nosso papo é longo, quer beber algo?

_ Pelas garrafas vazias acho que já bebeu por nós dois, não acha?

_ Me deixa,preciso disso neste momento.

_ O que foi? A Dot descobriu tudo? Não vejo outro motivo para te deixar assim...

_ Isso é pouco! Foi pior!

_ Pior? Como assim?

_ Ela quer conversar, diz que mudei, que estava mau, fiquei ótimo e estou péssimo agora. Ela sacou tudo.

_ Porra! Pensei que ela tinha algo de concreto! Para com isso, já já ela esquece.

_Não Richie, você não entendeu, ela disse que já sabe que eu amo outra pessoa, que nunca pensou que isso pudesse acontecer, que criou nossos filhos sozinha, e que merece a verdade...Disse que sempre fingiu não ver , mas que agora era diferente,não dava para fingir.
O que eu vou fazer cara? Eu to ferrado!

_ Fudeu! Então ela sacou que você esta de quatro por outra? Agora entendi... Cara não sei o que te dizer. Eu não sou o melhor em matéria de relacionamentos. Mas acho que agora você chegou na linha final, tem que esquecer a Carolina, me sinto culpado, eu trouxe ela para sua vida. Mas eu vou ser sincero,não tenho como tirar ela da minha. Sabe tudo que passei, e além de você, minha mãe, minha filha, foi ela quem estava comigo, me apoiando. Ela largou tudo para cuidar de mim! Eu conheço as filhas, marido, não posso cortar ela da minha vida! Porra! Como vai ser agora?


_Eu já sei o que vou fazer, e não vou largar ela, ela não.

_Que? Como? Não entendi!

_Você vai ver, chegou a hora de recomeçar minha vida.

Richie virou o copo de cawboy num gole só, ele conhecia aquele olhar.

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Alguns dias se passaram e Jon não resistiu mais, ele precisava ouvir a voz dela como precisava do ar que respirava.
Carol reconheceu o telefone assim que olhou a tela. Primeiro pensou em não atender, mas ela estava louca por ouvir sua voz. Os dias tinham sido difíceis, Gustavo cada dia mais sentia algo estranho, o corpo dela pedia Jon perto.

_Oi..._ Ela falou em um sussurro.

ELE SOLTOU UM SUSPIRO PRIMEIRO,ficou mudo alguns segundos e então...

_ Como é bom ouvir você, quero saber como esta? Sua filha esta bem?

Aquela reação foi como uma faca em seu peito, ela sabia que ele sentia falta dela assim como ela estava sentindo a dele. Por instantes ela ficou sufocada sem ar, e engasgou...

_ Minha filha já esta em casa bem melhor, obrigada. 

_ E você? Quero saber de você?

Ela tentou evitar falar dela, mas não teve jeito.

_Eu...eu...

Não conteve as lagrimas, a dor no seu peito era quase palpável.

_Você está chorando!? Não fique assim. Me sinto aliviado, afinal sei que sente saudades. Mas não quero ver você triste.

_ E não vai, esqueceu a nossa distancia? Deve estar brincando ne?! Achou mesmo que eu não sentira sua falta?

_ Tive medo de voltar para sua família e nos esquecer... Não estou conseguindo fazer nada direito, eu preciso de você aqui, preciso tocar seu corpo, preciso ver e sentir você gozar para mim, preciso sentir você toda molhadinha quando  respiro no seu pescoço.

Jon ia falando e sentindo seu membro ficar cada vez mais duro, seu corpo precisava do dela desesperadamente.

_ Preciso sentir seu cheiro e seu gosto derretendo na minha boca.

Carolina começou se tocar sem perceber, ele tinha uma voz extremamente sexy, rouca, quase um sussurro. Sentiu seu  peito inchar e seu corpo tremer de vontade de sentir ele dentro dela de novo.

_ Quero, não, preciso de você. Meu Deus posso sentir seu cheiro daqui Jon. Acho melhor pararmos, estamos no telefone e não somos mais crianças.

Ele soltou uma gargalhada!

_ O que foi?

_Realmente, não tenho mais idade para ficar me masturbando.... KKKK

Ela riu imaginando a cena.

_Quando pode vir para cá?

_ Eu não posso agora! De maneia nenhuma! Viajo a trabalho por aqui em 2 dias.

_Pelo amor, eu preciso te ver!

_Eu não posso! 

_ Quando?

_Não sei... Logo, mas não sei quando. 

_Eu não posso sair daqui agora. Tenho compromisso todos os dias! Pelo amor de Deus me dê 2 dias. Estica esta viagem e mando o avião te pegar. Prometo te devolver no prazo. Ninguém vai saber que esteve aqui. Diz que me deixa cuidar de tudo?

_ Eu não posso de novo.

_Não vai, prometo. Está bem? 

_Se conseguir arrumar tudo rápido pois viajo em 2 dias. 

_Querida em dois dias estarei fodendo você de todas as maneiras possíveis e imaginarias.

Carolina sentiu seu corpo arrepiar .

_ Vou ver isso já GOSTOSA!

Ele desligou e nem deixou ela falar mais nada. 
Pronto, esta conversa tinha sido suficiente para arrancar sorrisos dos dois. Tanto Gustavo, quanto Dot perceberam a diferença de imediato. 

Jon estava certo de sua decisão, ele estava ansioso para comunicar ela, mas como ela iria reagir? Embora o receio de ela não estar pronta o deixasse nervoso, suadecisão  estava tomada. 

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quinta-feira, 5 de junho de 2014

Capítulo 23: Não existe lugal algum, a menos que você esteja lá.











Ela  queria muito.Suas mãos corriam para cima e para baixo na espinha, tremendo e inquietas. Ele gemeu e seu sexo se contraiu em resposta. Puxando o cinto do roupão, ele o soltou, abrindo-o para segurar os quadris nus dela em suas mãos. Ele puxou seu lábio inferior, afundando seus dentes nele, sua língua o acariciando. Ela choramingou , querendo mais, sua  boca inchada e sensível.

Não importa o quão perto ele estava, nunca era perto o suficiente.
Jon  agarrou sua  bunda e a puxou fortemente contra ele, sua ereção como aço quente queimando sua barriga. Ele soltou seu lábio e tomou sua boca novamente, enchendo-a com o gosto de seu desejo e necessidade, sua língua a chicoteando como veludo num prazer atormentado.

Um duro tremor o sacudiu e ele rosnou, seus quadris não paravam. Seus dedos beliscaram a bunda dela e seu gemido vibrou contra os lábios dela. Sentiu  sua ereçao entre eles, então um calor escaldante se espalhou sobre sua pele. Ele gozou com um gemido atormentado.
Ela gritou, derretida e dolorida, tão insanamente despertada pelo conhecimento que ela poderia fazê-lo perder o controle com apenas um beijo.
Seu aperto afrouxou, seus pulmões arfando. 

_Seus beijos são meus.

_Sim Jon ...

Ela estava abalada, deixada emocionalmente ferida, a lembraça de que ambos tinham família a perturbava, e aberta pelo momento mais erótico da sua  vida.Ele caiu de joelhos e a lambeu até um clímax perturbador. 
Tomaram banho e dormiram o  resto da manhã. 

_Foi tão bom dormir ao lado dele de novo, com minha cabeça apoiada em seu peito, meu braço sobre seu estômago duro como pedra, e minhas pernas enroscadas com as dele._ Ela pensava.

Quando acordaram pouco depois da uma da tarde, ela estava morrendo de fome. Ele foram para a cozinha juntos e ela percebeu que gostava da aparência moderna ultra austera desse espaço. As portas dos armários revestidas de vidro e o granito combinavam lindamente com a madeira escura. Melhor ainda, a despensa estava totalmente abastecida. Não havia necessidade de sair de casa para qualquer coisa.

Foram  pelo caminho mais fácil e fizeram um  sanduíches, que levaram para a sala e comeram com as pernas cruzadas no sofá, de frente um para o outro.
Ela estava na metade quando pegou Jon a olhando com um sorriso. 

_ O quê? ela perguntou, dando uma mordida.

_Adoro ver você comer....

_Cale a boca.

Seu sorriso aumentou. Ele parecia tão despreocupado e feliz que fez seu coração doer.

_Como você achou esse lugar? 

_Eu o encontrei. 

Ele empurrou uma batata frita na boca e lambeu o sal de seus lábios, o que ela achou sexy como o inferno. 

_Eu queria te levar para uma ilha, onde nada poderia nos incomodar. Aqui é muito perto disso.

Ela comeu pensativa, lembrando-se da viagem. Tão enlouquecedora quanto a viagem tinha sido, havia algo emocionante na ideia dele reorganizando a agenda só para foder ela sem sentido ao longo de horas, usando a necessidade deles para fazer ela encarar uma verdade que ela mesma havia bloqueado. Imaginando toda a frustração e fúria que deve ter conduzido os seus planos... seus pensamentos focados em libertar toda aquela paixão efervescente no seu corpo, desamparado e disposto... 


_ Você está com aquele olhar de foda-me em seu rosto. _ Ele observou. _ E você me chama de demônio sexual.

_Desculpa. HAHAHAHAHA

_Não estou me queixando.

Ela voltou seus pensamentos até o início de tudo. 

_ Como vai ser daqui para frente?

Uma sobrancelha arqueada. 

_Você está recebendo um olhar de VOU TE FODER e pensando em me largar? É isso?

_ Não. Caramba. Eu usei isso para nos distrair do sexo e porque isso precisa ser falado.

Ele deu de ombros. 

_ Eu não sei, não tenho todas as respostas sabia?

Jon a estudou com aqueles olhos incríveis azuis. 

_ O que você diria?

_ Que nós não podemos fazer isso , que estamos fudendo com tudo, com tudo mesmo. Mas eu sou completamente apaixonada por você e gostaria de passar minha vida ao seu lado.

_Meu anjo, se eu precisasse mais de você, eu não poderia funcionar.

 Ele ergueu a mão dela até seus lábios para beijar seus dedos. 

_E eu não me importo com o que ninguém pensa. Nós temos nosso próprio ritmo e isso dá certo pra nós.

_ Será que isso dá certo ? 

Ela peguiu sua garrafa de chá gelado em cima da mesa do café e tomou um gole. 

_ Eu sei que te deixa exausto. Você sempre acha que é muito forte , mas eu acho que é doloroso...

_Você tem ideia do quão sugestivo isso parece, certo?

_ Oh meu Deus._ Ela riu. _Você é terrível.

Seus olhos brilhavam com diversão. 

_Isso não é o que você costuma dizer.

Sacudindo a cabeça, voltou a comer.

_ Eu prefiro discutir com você, meu anjo, do que rir com mais ninguém.

Ela levou um minuto para conseguir engolir o último pedaço na sua boca. 

_ Você sabe... Eu te amo loucamente.

Ele sorriu. Ela paralisou diante das palavras dele, mas agora depois de tudo ela não tinha como duvidar.
Depois de terem limpado a bagunça do almoço, ela jogou a esponja na pia e disse:

_Eu preciso fazer o meu telefonema de sábado, você sabe....

Jon sacudiu a cabeça. 

_Não é possível. Você vai ter que esperar até segunda-feita.

_ Mais eu não posso, tenho que falar com minhas filhas, vão se preocupar.

_Fique calma, alguém vai mandar torpedos dizendo que você está bem, e que esta com saudades, mas que teve que viajar e o sinal e ruim. Ah! Gabriela sabe também o que responder, Richie está com ela e....


_ Hã? Ela sabe....Você está falando sério? E o seu telefone celular?

_ Está voltando para Nova Iorque com o carro. Sem internet, também. Eu tirei o modem e os telefones antes de virmos pra cá.

Ela estava sem fala. Com todas as responsabilidades e compromissos que ele tinha, se desligar durante o final se semana era... inacreditável. 

_UAU! Quando foi a última vez que você desapareceu da face da Terra desse jeito?

_ Hmm... isso seria..... nunca.

_Deve haver pelo menos meia dúzia de pessoas surtando porque não conseguem saber algo de você, sua família?

Ele levantou um ombro, se encolhendo de maneira descuidada. 

_Eles vão lidar com isso.

_Eu tenho você só para mim?

_Completamente.

Sua boca se curvou num sorriso travesso. 

_O que você quer fazer comigo, minha querida?

Ela sorriu de volta, extasiadamente feliz. 

_Tenho certeza de que eu vou pensar em alguma coisa.

Eles saíram para uma caminhada na praia.


_Eu morri e fui para o céu.

Ele pronunciou, examinando minuciosamente o seu corpo enquanto passeavam pela costa, onde a personificação de todos os sonhos molhados, todas as fantasias sexuais da adolescência, são reais totalmente dela.
Ela bateu seu ombro no dele. "

_Como é que você vai de devastadoramente romântico a grosso no espaço de uma hora?

_Esse é outro dos meus muitos talentos.

Ele apertou sua mão e deu um exagerado suspiro feliz. 

_O paraíso com meu anjo. Não existe nada melhor do que isso.

Ela teve que concordar. A praia era bonita de uma maneira mal-humorado e indomável, que a lembrou muito do homem cuja mão ela segurava. Os sons da arrebentação e o grito das gaivotas a encheram de uma sensação única de contentamento. A água estava fria em seus pés descalços. Havia muito tempo desde que ela nao se  sentia tão bem, estava grata a Jon por dar este tempo longe, para desfrutarem um do outro.

_ Nós éramos perfeitos juntos quando estávamos sozinhos._ Pensava ela.


_Você gosta daqui._ ele observou.

_ Eu sempre adorei estar perto da água. Moro de frente para o mar esqueceu?

Jon fez uma feição de quem não queria ser lembrado que ela tinha outro em sua vida. Neste momento ela se arrependeu do comentário.Ele soltou sua mão e colocou seu braço em torno de seus ombros. 

_ Então vamos fazer isso. O que você acha desse lugar? Você gosta dele?

Ela  olhou de relance, amando a visão do vento se filtrando por seus cabelos. 

_ Está à venda?

Ele olhou para o trecho da praia a nossa frente.  

_ Tudo está à venda pelo preço certo.Você gosta?

_ O interior é meio frio com todo aquele branco, apesar de gostar do quarto principal do jeito que está.

_ Nós podemos mudar todo o resto. Deixar mais como nós.

_ Nós ?! _ Ela repetiu assustada._ Um grande passo, comprar um imóvel assim. 

_ Um passo inevitável, ele corrigiu. Aqui poderemos ficar sossegados, sem quartos de hotéis. Será nosso canto.

_ É, mas um pouco distante não acha? Aqui não é um lugar que você possa vir com qualquer desculpa e voltar para casa. Lembre-se que na maioria do tempo suas noites não serão compartilhadas comigo....

Jon não respondeu, andaram mais um pouco em silêncio. Ela tentava  descobrir como se sentia sobre Jon  querer  ter um vínculo  desses.


_ Eu gosto de praia. Meu lugar favorito. Que foi que você ta rindo?

_ É que sempre li que você gostava de praia, achei engraça estar assim com você. Me lembrei que sou sua fan! Kkk

Jon deu um sorriso de canto de boca, a começou a fazer cócegas nela e ela fugiu dele.
Quando voltaram para a casa, Jon foi até a cozinha para abrir uma garrafa de vinho. Ele estava em um humor melancólico após a caminhada, sua mente aparentemente  longe dela. Ela não se ressentiu disso. Eles tinham se dado muito pra pensar nos últimos dois dias.
Quando a maré subiu de fato, entrou rapidamente sob a casa, o que pareceu incrível e realmente o era. Eles foram de pressa para o deck e a assistiram o ir e vir, transformando a casa numa ilha na arrebentação.

_ O que vamos fazer ? Ela disse enquanto se inclinava sobre a beirada com Jon enrolado nas suas costas. 

Seus dentes pegaram o lóbulo da sua orelha e ele sussurrou: 

_ Eu quero lamber o chocolate derretido pelo seu corpo.

_ Sim, por favor... Ela o provocou. 

_ Não vai me queimar?

_ Não se eu fizer certo.

Ela virou para encará-lo e ele a levantou e a sentou no corrimão largo. Então ele ficou de pé entre as suas pernas e a abraçou pelos quadris. Houve uma paz maravilhosa que acompanhou o crepúsculo e ambos se afundaram nela. Ela corria suas mãos pelos cabelos dele assim como a brisa do mar fazia.


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Jon e Carol chegaram de volta a Manhattan, pouco antes da meia-noite de domingo. Havíam passado a noite anterior e a maior parte do dia juntos na cama principal.Beijando e tocando. Rindo e cochichando.

Por acordo silencioso não falaram de coisas dolorosas durante seu tempo longe um do outro. Eles não ligaram a televisão ou o rádio, porque parecia errado compartilhar seu tempo precioso com qualquer um. Andaram na praia novamente. Fizeram muito amor, lento e preguiçoso no convés do terceiro andar. Jogaram cartas e ele ganhou cada mão. Relaxaram e lembraram o que tinham encontrado um com o outro que valia a pena lutar.
Foi o dia mais perfeito da vida para Carol e Jon.
Voltaram para seus  apartamentos quando voltaram para a cidade. Jon abriu a porta de casa e a tromba não era só a de Doth, mas da família toda. Afinal ele nunca tinha sumido assim antes, nunca tinha sido tão irresponsável. 
Já Sentindo falta dele e Odiando a pensar sobre isso, Carol chegou em seu quarto.
A luz acendeu.

– Carol. Levante-se!  – Gabriela entrou na sala e direto para o seu armário, vasculhando suas roupas.

– O que há de errado ?

– É sua filha.

Ela disse severamente.

– Ela está no hospital. Já providenciei um voo para você. Aliás Richie providenciou.

Carolina não sabia nem o que fazer, seu telefone sem bateria fora sido entregue com flores e um cartão.






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