quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Capítulo 28:Agora o caminho é sem volta.









Finalmente eles estavam no quarto, Gustavo como sempre muito sensível ao estado dela. Ele a conhecia muito bem, sempre prestou muita atenção nela. Sabia que algo a estava angustiando, embora não conseguisse imaginar o que fosse, achou melhor ficar quieto.
Aquela noite ela apenas dormiu aninhada a ele, algumas lágrimas corriam em seus olhos antes de dormir. Ela pensou em tudo que conversou com a mãe de Richie. Ela amava Gustavo, mas não viveria sem Jon.
Gustavo se levantou ainda estava escuro, ele já tinha combinado tudo com Richie na noite anterior. Richie estava achando tudo diferente, ele nunca havia sido tão íntimo de um surfista. Gustavo estava empolgadíssimo em pegar ondas na região. 
Para surpresa de Gustavo, ele  já estava de pé quando ele apontou na sala.

_Pronto? Quero experimentar! Pode me ajudar?

_Claro! Elas vão estranhar quando acordarem e não nos verem.

_HAHAHAHA! Você não imagina o quanto! 

Os dois saíram em direção a Praia de Malibu, Richie conduzia o carro parecendo um moleque. Ele estava ansioso! Gustavo fazia muito bem a ele.

_Quanto tempo até lá?

_ No máximo uma hora! Dizem que lá tem a onda perfeita, ja estudei tudo esta noite.

_Isso mesmo! Parabens! HAHAHA!

Chegando na praia, com o sol já nascendo, Gustavo parou alguns segundos para contemplar aquela paisagem. Este sonho era antigo! E quando olhava para o lado e via Richie pulando para se aquecer,ele ria e balançava a cabeça.

_Bora! Você cai primeiro! Depois que chegar mais gente, tento arrumar uma prancha. Alguém sempre tem sobrando!

_Que nada, a hora que a loja abrir, compro uma.

_Que nada! Guarde seu dinheiro, até porque você não vai usar, e outra, nos enturmaremos mais fácil. Fique tranquilo que aqui acho que ninguém vai te perturbar.

_ HAHAHAH! Com certeza este e o ultimo  lugar no mundo que um paparazzo pensaria em me procurar! HAHAHAH! Quando minha filha souber vai rir de mim!

_Que nada! Vamos! Ela vai te ver em pé na prancha!

Os dois foram em direção a água, Richie parecia criança! Gustavo como sempre a mãe da paciência! Surfar ale era um sonho, mas também era diversão.
Richie estava indo bem, mas pegou uma onde daquelas, que fez com que a prancha se soltasse dele. Teve que ir até a beira buscar a prancha.






Gustavo aproveitou que Richie queria descansar e finalmente caiu na água como tanto queria.






Carolina acordou e quando percebeu que Gustavo não estava se levantou, logo encontrou um bilhete em forma de prancha, ela logo sorriu antes mesmo de ler.






_ Que?Richie surfando? Meu Deus! E perigoso! _ pensava ela enquanto caminhava para a sala.

O dia estava lindo, mas a memória do dia anterior a perturbava. Foi quando teve a ideia e aproveitou que Gustavo estava fora.
Ela correu para quarto de Gabriela.

_ Gabi?Gabi? Acorda, sou eu.

_ O que foi?

_ Os meninos foram surfar, e...

_Que? Esta louca? Como assim... Richie...

_Calma, Gustavo vai cuidar dele... HAHAHAH.... Pagava para ver a cena. Mas olha, preciso do celular ou do computador dele. Quero mandar uma mensagem para Jon, e não posso fazer do meu.

_Claro que ele levou o celular, mas ele tem outro, aqui em algum lugar, ele quase não usa, mas Jon deve ter o número.

_Isso, por favor.

_ Achei! Está aqui.

Carolina pegou o telefone, e tratou de escrever uma mensagem, que Jon entendesse, sem comprometer ele.





_ Bom agora rezar para que ele veja e entenda....

_Amiga, já sabe o que vai fazer? Estou preocupada com você.

_Não sei de nada, vou seguir o fluxo. vamos tomar café?

_Mas é muito cedo, eu preciso dormir mais um pouco.

_OK! Vou levar este telefone.

Carolina foi para a cozinha, procurar o que comer, era realmente muito cedo. Jon não tinha conseguido pregar os olhos, chegaram tarde, e além do mais Carolina tirava o sono que restava dele. Levantou num pulo ao sentir o telefone vibrar. Quando olhou viu que era de Richie, mas aquela hora era estranho. A primeira coisa que pensou foi que podia ter acontecido algo.
Ele se levantou e foi ao banheiro com celular na mão. Dot fingiu não ver que ele já tinha se levantado, ela também não tinha conseguido dormir com a agitação de Jon.
Ele abriu a mensagem e a leu atento, o número era um pouco usado. Só podia ser ela, Richie jamais acordaria aquela hora.
Jon se trocou, colocou sua roupa de corrida, pegou a mochila e saiu como se fosse fazer sua corrida matinal.
Quando chegou a uma distância segura de casa ele finalmente ligou.

_ Oi, Richie?

_Sou eu, que bom que pegou meu recado, eu estava ...

_Calma....Como você está? Cade seu marido, não é arriscado?

_Estou bem, desculpa, eles saíram muito cedo, foram surfar, e...

_Eles?

_ HAHAH! Richie foi junto, acredita?

_ NÃO! Como seu marido conseguiu fazer ele acordar cedo? Nunca consegui isso nesses anos todos,é justamente por causa dele que muitas vezes saímos direto do show para aeroporto, porque ele não acorda cedo de maneira nenhuma.

_ Pois é, Gustavo é bem convincente quando quer....

_E para surfar? Não pode ser...

_Também queria ver isso. Mas olha você deve ter pouco tempo, Em 3 dias estarei em NY, preciso te ver, não gostei da maneira que nos despedimos ontem...e precisamos acabar logo com isso.

_Eu também, mas o que você quer dizer com acabar?

_ Conversaremos em 3 dias.

_ Vou deixar reservado seu quarto, no hotel de sempre, te encontro lá. Que horas você chega?

_Estarei ai de manhã, podemos nos ver no almoço?

_Claro. Não vejo a hora de ver você, estou angustiado sabendo que está tão perto e tão longe ao mesmo tempo. Me desculpe por ontem....

_Ei! sem desculpas...Não foi culpa de ninguém. Nos falamos em 3 dias. Temos muito o que conversar. Vamos resolver tudo.

_OK! Posso te ligar antes?

_Melhor não, pode ser perigoso. Em 3 dias nos falaremos.

_Esta bem.

Ela desligou e ele continuou com o celular em seu ouvido.

_Eu te amo... eu te amo muito....

Jon estava angustiado com as palavras dela.
Carolina ficou mais tranquila, e aproveitou para andar pela vizinhança, o condomínio era enorme. Jon foi fazer sua corrida, ele precisava gastar energia. estes seriam os 3 dias mais longos de sua vida. Acostumado a ter tudo quando e como queria, ele detestava esta situação.

__________________________________


_Bom, acho que é hora de voltar? Vamos? Você gostou?

_Se eu gostei? Enquanto você estava na água, venha ver isso?

_O que?

_ Vem comigo.... Comprei uma prancha, quero que veja. O cara da loja disse que servia para mim.

_ HAHAHAH! Ótima, gostei!Uma FUN. Será que isso e uma promessa de continuar a cair na água?

_Claro que vou, amanhã quero repetir, e se você me ensinar direito, vou voltar todos os dias. Está na hora de perder esta pança. HAHAHAH! Aposto que Gabriela vai adorar....

_ Vai, confie em mim, Carolina adora. Elas sempre gostam....

_Bom, já que é assim, amanhã voltaremos....

__________________________________


Quando eles chegaram o almoço já esperava por eles. A mesa estava linda, e farta e os dois mortos de fome.
As meninas se divertiram ao ver os dois chegando.

_ Quer dizer que você foi surfar? É isso?Gustavo só você....

_E não foi só hoje, amanhã vamos voltar.....

Derrepente Ava entra na sala.

_ Pai, é isso mesmo? HAHAHA! Vou adorar ver isso!

_ Vai mesmo filha! Amanha, amanhã, agora vou tomar um banho que estou morto de fome.

_E você como foi? Pela sua cara,amou seu passeio.

_Amei mesmo! Vou te contar tudo no banho.... Venha...

Richie sorriu ao ver os dois juntos....

_Eu realmente não entendo como Jon conseguiu entrar entre estes dois. Não me canso de dizer isso.

________________________________


Bom os dias seguiram, foram muitas rizadas, Richie adorou surfar, e prometeu treinar até Gustavo voltar. Gustavo e Carolina passearam, riram e se divertiram, ela acabou esquecendo que em poucos dias estaria com Jon.
Ela amava Gustavo, isso era um fato, mas Jon já tinha seu espaço. Ela sabia que uma decisão deveria ser tomada, mas não sabia o que fazer. Esperava que uma luz clareasse suas idéias.

_Amor hora de dizer até logo. Gostaria de ficar, mas preciso ir. Richie obrigado por tudo, agora espero você no Brasil. Valeu! Treina bastante hein?

_ Cara, foi ótimo ter você aqui, pode deixar que quando me derem folga vou sim. E quando voltar vai se surpreender comigo.

_ Gabriela obrigada, e cuida dela para mim...

_Amor amanha já estou indo para NY.

_Verdade, já tinha esquecido. Bom meu táxi já chegou.

_ Táxi ? Claro que não, manda embora Gabriela, vamos te levar.

Foram todos para o aeroporto. Todos se despedindo.Beijos para todos os lados e promessas de reencontro.

_Amor, o que foi? Nos veremos em menos de uma semana. Assim não vou embora... Carol que foi? Porque esta chorando?

_Nada amor, passamos dias tão bons! 

_Eu sei, mas não precisa chorar, você está me apertando Hahaha! Hei! O avião não vai cair, não é?

_Está louco? Claro que não! EU TE AMO!

_Também te amo! Fica bem. Te vejo logo! Tenho que ir.

Carolina ao ver Gustavo partindo sentiu seu coração apertar muito, de uma maneira que a assustou. Uma sensação ruim se espalhava por ela. Uma dor a invadiu.






_O que foi Carol? Porque está assim?

_Nada! Me deu um aperto. 

_Esta situação não é boa para ninguém, você está muito nervosa.

_Richie deixa eu falar com ela. Amiga você está bem?

_Gabriela eu estou com aquele aperto no peito, sinto como se algo ruim estivesse para acontecer.

_Para com isso, não vai acontecer nada. Vamos. Está tarde e você voa cedo.

_ Vamos....

_____________________


Carolina acordou atrasada e deixou apenas um bilhete, não acordou ninguém.
Em poucas horas ela estaria com Jon. Precisava definir o que fazer. 

_Pai,você vai ao jogo esta semana?

_Que jogo?

_Como que jogo?

_ Desculpe, vou, na quinta certo?

_ Não, no sábado.

_Claro que eu vou!

Jon estava tão ansioso que já não conseguia se concentrar.Sentia a falta dela. Todo maldito dia em que eles estiveram separados, ele sentira a falta dela até que ela era tudo aquilo que consumia seus pensamentos. Nada mais importou desde a primeira vez em que fez amor com ela e reconheceu sua outra metade.
Aquilo era cafona, exagerado e ele não dava à mínima. Carol era dele. Ele cometeu erros. Erros que custariam aos dois mais do que ele podia imaginar, mas ela era sua, e ele tinha toda a intenção de reafirmar sua reivindicação sobre ela.
Aquilo beirava a obsessão. Sua necessidade de possuí-la, para marcá-la. Para reivindicar seu direito.Desta vez… desta vez ele não a deixaria ir. Nunca mais.
Ele simplesmente não era inteiro sem ela.
Ele se considerava um homem honrado. Um homem que colocava sua família acima de tudo,mas o que considerou fazer, largar sua família ,para Carol não seria honrado. 
Ele estava com medo, o relacionamento dela com o marido era sólido, era real. Jon estava com medo do que ela falaria a ele depois daquela noite. 
Finalmente estava chegando a hora, ele se adiantou e ficou com o carro parado na frente do hotel, aguardando ela chegar.
Jon olhou para a rua, bebendo da visão da mulher que fizera passar tantas noites doloridas. Ela era bonita. Espirituosa. Ela assombrava suas noites,e seus dias. Seus dedos formigavam pela lembrança da pele sedosa sob a palma de sua mão.
Ele a teve de todo modo possível que um homem podia ter uma mulher, ela foi dele como nunca tinha sido de outro homem. Ela confiava nele, total e irrevogavelmente. Carol não fazia nada pela metade e tudo que fazia, ela se jogava inteiramente nisso sem reservas.
Ele observou enquanto ela caminhava apressada de seu carro em direção às portas do hotel.
Ele esperou por um momento e pesou suas opções. Tinha bastante munição, mas a única variável sempre foi Carol . Ele nunca sabia bem o que esperar e isso era o que mais gostava e odiava nela, uma vez que sempre controlou tudo e todos.
Ele nunca foi capaz de puni-la por sua impetuosidade, porque fazer isso seria acabar com o que a fazia ser tão bonita para ele. Por pouco tempo, ela foi sua e se submetera a ele, dando-lhe o presente de sua confiança. E seu amor.
Ele queria isso para sempre. Ele a queria de volta. Em sua cama e em seus braços. Para seu comando e seu amor. Simplesmente não podia compreender sua existência sem ela.
Ao contrário de Carol, ele era infinitamente paciente e nunca admitia a derrota. Não havia opção para ele, exceto o sucesso.
Ele então ordenou que o carro finalmente entrasse no hotel.
Ele conseguiu ser mais rápido que ela, e já estava no quarto quando ela entrou.
Havia linhas de preocupação em sua boca, uma boca que ele provou várias vezes. E seus lindos olhos mel estavam nublados como se ela estivesse a quilômetros de distância.Ele a tomou nos braços imediatamente,o gosto dela encheu seus sentidos. Doce e picante, a combinação deliciosa que era Carolina. Ele saqueou sua boca, queria devorá-la inteira. Queria arrastá-la para a cama de merda e passar os próximos três dias fazendo amor com ela até que não pudessem mais se mover.
No início, ela respondeu tão faminta quanto ele. Sua boca se movia suavemente sobre a dele e ela respondeu ao roçar de sua língua como uma tentativa da sua própria. Era como se estivesse reagindo contra si mesma com o gosto dele. Bem, ele nunca se esqueceu do dela.
Então o momento foi quebrado e ela se afastou para longe dele, as lágrimas se aglomerando nos lindos olhos.

_ O que vamos fazer? Como poderemos ser felizes?

Ele se sentou na beirada e a enfrentou, seus olhos ainda brilhando. Por um longo momento, simplesmente ficou lá, encarando-a. Então as sombras se arrastaram sobre seu rosto.

_ Senti sua falta.

Ela se encolheu e virou o rosto, determinada a não desabar na frente dele.

_Olhe para mim, Carol.

O comando suave foi a sua perdição. Isso trouxe de volta muitas noites onde ele a comandara repetidas vezes. Ela se voltou para ver pesar nos olhos dele, o que a deixou inquieta.

_Fica comigo! Por favor, me dê uma chance. Nos dê esta chance...

Ela prendeu a respiração e esperou em silêncio. Ele a tomou e a pressionou mais perto e agarrou-lhe os ombros com suas mãos fortes. 

_Eu sou o único maldito que pode te fazer feliz, Carol. Eu. Ninguém mais. Você se entregou para mim e, bem, não vou deixar que se leve de volta. Você é minha e não a deixarei ir. Não posso deixá-la ir.

Ela o encarou impotente, sem saber o que deveria fazer ou dizer. Ainda estava confusa e não estava pronta para deixar tudo assim, porque a alternativa seria mais mágoa.

_ Você disse que ficaria comigo uma vez._ Ele disse com frustração. 

Seus olhos se estreitaram e ela virou a cabeça de lado. 

_ Você quer que eu me mude para cá? E as Meninas? 

Ele a puxou para mais perto até que seu corpo ruborizou contra o dele e seu calor se infiltrou nela até que a cercasse como um cobertor.

_Não sou tímido e não tenho nenhum problema em seguir algo que quero. Só esteja preparada para vir para cá imediatamente. Vou tratar de toda sua papelada.

_Você soa como um maldito perseguidor, estou com medo.

As narinas dele se dilataram pelo desgosto. 

_Perseguidor, Carol? Realmente? É a isso que você está me rebaixando agora? Estou aqui porque não vou deixá-la e se isso faz de mim um perseguidor, então vou ter que concordar. Só estou lhe avisando. Planeje tudo.

Com isso, ele agarrou-lhe a nuca e a segurou enquanto sua boca se fechava sobre a dela. Não foi um beijo gentil que um homem poderia dar à sua amante como desculpa. Não, Jon já tinha feito a pequena humilhação que tinha planejado fazer e não estava em sua natureza recuar. Nunca durante o sexo e nunca beijando ou tocando. Era exigente e forte, sempre empurrando, testando os limites e se afastando apenas na hora certa.
Seu gosto explodiu na boca dela. Ela sentiu falta daquilo. Deus, ela sentira a falta dele. Sua língua acariciava conscientemente sobre a dela, morna e ligeiramente áspera enquanto a boca era explorada.
Seu corpo veio para a vida, respondendo imediatamente ao toque, em reconhecimento de um pedaço do seu próprio corpo..
Ele era uma parede dura de proteção e suas curvas suaves se derreteram contra ele à medida que a puxava mais firmemente em seus braços. Sem escapatória. Ele a forçava a reconhecê-lo e à paixão que tudo consumia entre eles.
Cru. Carnal. Eles sempre tinham sido uma força combustível e isso era uma coisa que ela não entendia. A atração entre eles a desnorteava pela sua intensidade. Ela esteve com outros homens, tinha-os beijado, flertado, sentido a chama fácil da atração, mas com Jon, se via impotente para negar o fogo que queimava entre eles.
Até pior que a onda de excitação desabrochando de dentro dela, era a dor intensa que florescia em seu coração e se espalhava com uma intensidade assustadora. Medo, remorso de ter começado tudo isso. Muito remorso.
Deslizou suas mãos entre eles, na intenção de empurrá-lo para longe, mas no momento em que sentiu a ondulação dos músculos através de seus dedos, seu toque se tornou procurando.
Ele se alimentava delicadamente em sua boca. Exigente. A língua percorria seus lábios, como se estivesse determinado a provar cada parte sua.
O aperto em sua nuca se intensificou e ele se dobrou, segurando-a enquanto corria a mão pelo seu lado para embalar seu seio. O polegar roçou-lhe um cume sensível através do fino tecido de sua blusa e ela ficou imóvel.
Ela empurrou forte e tropeçou para longe, seus joelhos tremendo tanto que era uma maravilha que não caísse no chão. 

_Olhe para mim e me diga que estamos acabados. _ Ele rosnou

_Olhe em meus olhos, Carol. Diga-me que você quer que eu vá e que nunca mais vai querer me ver novamente.

As lágrimas inundaram seus olhos e ela ficou lá de pé, completamente vulnerável e perdida diante dele.
Ele praguejou suavemente e se moveu na direção dela novamente. Desta vez ele cuidadosamente a tomou em seus braços e apenas a abraçou. Apertou-lhe a cabeça em seu peito e a segurou lá, enquanto esfregava a mão para cima e para baixo em suas costas.

_Pedi para você olhar para mim. _Ele sussurrou. _Mas nunca assim, Carol. Nunca assim, com tanto medo em seus olhos que faz meus dentes doerem. Dê-nos uma chance.

Ela fechou os olhos e se derreteu nele. Ele foi em direção à cama e se sentou, levando-a com ele, envolvendo-a em seu abraço até que estava enrolada sobre seu colo, a cabeça aninhada sob seu queixo.

_Eu nunca quis machucá-la assim. _Ele disse em um tom carregado de desprezo por si mesmo._ Não devia ter me envolvido, devia ter me afastado, mas você continuou a me puxar de volta. Sempre de volta para você.

Ela ergueu a cabeça para poder olhá-los nos olhos. Tudo o que viu foi uma intensidade ardente e nenhuma decepção. 
Ele não desviou o olhar. 

_O que você quer Jon?

_Você não me ouviu? Eu quero você.

Ela brevemente afastou o olhar, no entanto os dedos dele empurraram seu queixo e a forçaram a olhá-lo de volta.

_ Você tem certeza disso? Sabe que é um caminho sem volta? E o que vai dizer a todos? E se você desistir? Sabe o que vai enfrentar? Não vou foder com você por aí ou me dar ao luxo de largar tudo para ser sua amante. Eles são importantes para mim. Eles são tudo para mim.

Ele suspirou e afastou uma mecha de cabelo de sua testa. 

_Eu sei que tenho muito chão pela frente. Seu medo é grande , entendo isso, mas me dê uma chance, Carol. Você e eu. Vamos fazer isso juntos.

Ela respirou profundamente. Seu coração palpitava tão loucamente que levou um tempo difícil para conseguir o ar dentro e fora de seus pulmões.

_Tudo bem._ Disse ela calmamente.

_Não, não tudo bem, como se tivesse acabado de receber uma sentença de morte. Faça isso porque você me quer como eu a quero. Mostre-me aquela mulher por quem me apaixonei de cabeça. A mulher que não toma desaforo de ninguém. A que tem tanto fogo que me queima a cada toque. Essa é a mulher que quero de volta.

Os lábios dela se curvaram lentamente em um sorriso.

_Sinto sua falta,Jon.

Ele a esmagou contra si, e foi então que ela pôde sentir que seu coração estava tão fora de controle quanto o dela. Aquilo bateu contra sua pele como as asas de um beija-flor.

_Sinto sua falta também. Pra caramba. Havia um buraco em meu peito que estava me comendo vivo.

A esperança tremulava tentadora. E era tentador reprimi-la. 

_Diga-me sim, Carol. Diga que você está nesta coisa comigo.

Ela estendeu a mão para ele desta vez, a primeira vez que fez um gesto para tocá-lo abertamente. Passou os dedos em seu rosto e sentiu a aspereza da barba em seu queixo, em seguida se inclinou e suavemente o beijou.

_Sim.

Ele gemeu, mas permitiu seu livre acesso. Ela podia sentir a tensão que fluía de seus músculos. Como ele permaneceu tão quieto quando sua natureza exigia dominação, surpreendeu-a.
Ela afastou-se, os dedos lentamente caindo de seu rosto. Ele pegou-lhe as mãos e as puxou entre eles para descansar em seu abdômen.

_Há apenas outra coisa que precisamos chegar a um acordo.

Ela o olhou com cautela enquanto seu olhar vagava possessivamente sobre ela.

_Nós estamos juntos, em todos os sentidos da palavra. O que significa que quero você em minha cama, todas as noites, não importa o que aconteça. Estou disposto a fazer o que for preciso para ficarmos juntos. E quero isso tão logo eu comunique a todos em casa que estou saindo.

Ela inalou bruscamente, seu corpo automaticamente respondendo ao domínio daquela voz.

_As palavras. Eu quero as palavras.

Ela lambeu os lábios, nervosa, e então lentamente balançou a cabeça. 

_Tudo bem